Sunday, June 2, 2013

Esse que vê, é tudo que é visto.

Esse que vê é o que importa e não aquilo que é visto, esse que vê tudo que acontece, nunca muda, tudo muda para isso que vê, mas isso que vê tudo acontecer, permanece imutável  tudo que é visto é impermanente, os corpos mudam, surgem e desaparecem, as casas do seu bairro, as plantas do seu jardim, os pensamentos em sua mente, a mente, todas as infinitas possibilidades de arranjos de objetos e imagens, surgem e desaparecem para isso que vê, que nunca sofre qualquer alteração, nunca se move, está sempre em silencio apenas como um mero espectador, nem as sensações e as emoções são permanentes, acontecem para o corpo, são testemunhados por isso, e tudo isso que é visto, que é impermanente, está em um eterno surgir e desaparecer singular e simultâneo, mas também é feito disso que vê, então tudo é isso que vê, só há isso que vê, que não tem qualquer forma, tamanho, não pode ser descrito como nada disso que é visto, você é isso, tudo isto, você vê todo esse infinito de possibilidades feitas de si mesmo, sobrepostas nesse único instante, aqui e agora, tudo é vazio, tudo é ilusório, tudo é uma brincadeira, pois só há isso que vê sendo tudo isso que é visto, sem nenhum objetivo, não está buscando nenhuma resposta, não está procurando uma sensação especifica, não busca realizar nada, é a testemunha imutável e a constituição onipresente de tudo que muda, que na verdade então não muda, tu és esse leitor de histórias infinitas, já escritas, que você mesmo escreveu, tudo é você, tudo é um, que jamais sofre qualquer alteração, nunca é bom ou mau, é um, essa paz da unidade é a unica coisa real, não há nada além dessa paz, não há espaço sequer para a ilusão da ausência, dessa paz do um.

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