Monday, June 10, 2013

Crenças e a realidade



Quando você vai a fundo em si mesmo, procura esse que vê as coisas acontecendo, descobre que esse espectador não está em lugar nenhum, em tempo nenhum, que tudo é esse espectador, em toda parte, isso é você, que tem se identificado com essa brincadeira de conhecer a si mesmo através de um personagem separado, singular, com uma trajetória infinitamente unica, até essa constatação, dentro de uma diversidade infinita de outros personagens e possibilidades de eventos, mas tudo isso é sempre você, em todos os tempos em todos os lugares, todos os personagens de todas as histórias, todos os elementos de todo e qualquer cenário que possa ter sido, que está sendo, ou que será testemunhado, por você, é você, você é cada pensamento, é cada espaço entre os pensamentos, sem essa divisão, você é o espaço infinito, a testemunha atemporal e tudo que surge e desparece de forma singular neste espaço, que já está contido nele, essa existência é incompreensível para a mente, porém está disposto para si mesmo, uma unica escolha enquanto personagem, ir além da mente,
abandonar sua lógica, sua razão, suas crenças, toda e qualquer certeza, se desidentificar de qualquer denominação, que ela lançar sobre os objetos que percebe, de forma separada, permitir que essa falsa separação, causada nesse processo de denominar percepções, chamado mente, desapareça, e diga o que você vê, sem usar nenhum pensamento, palavra, não denomine nem mesmo o ver, isso não significa parar os pensamentos, é sim saber que todos eles são mentira, não em um sentido polarizado, como uma mentira ruim, ou então boa, é uma brincadeira neutra, de um ser individual, em si, um poder infinito e simultâneo, só há você, tudo é você, todos os pontos de vista e suas variações infinitas, em todo lugar, em todo o tempo, onde não há qualquer espaço ou forma, que não seja você, tudo é você, você é aquilo que assiste o brincar, é aquilo que
brinca, é a brincadeira em si, toda definição se torna neutra, indiferente, não há mais ali ou lá, antes ou depois, tudo é, aqui, tudo é, agora, tudo é você, que tem se identificado com essa forma de ver compreensível e lógica, mas você não está sujeito a nenhum tipo de definição lógica, não está sujeito a nenhuma forma de medida, não é tempo nem espaço, toda crença é dual, acreditar na cura é na verdade acreditar na doença, acreditar no bem é acreditar no mal, acreditar no certo significa que você acredita no errado, toda forma de crença na  polaridade, carrega consigo seu oposto, abandonando essas crenças, vendo absolutamente tudo como é, de forma não polarizada, neutro, você compreende a visão do puro amor, não há
julgamento, adequação, inadequação, não há perdão por que não há culpado, você é o próprio amor infinito vendo a si mesmo, você é a realidade unica, além de toda crença de dualidade, não há nada para escolher, decidir, por que não há alguém pra escolher ou decidir, só há essa unidade onde toda diversidade infinita, possível e impossível, está contida, este único momento, é, todas as possibilidades  infinitas sobrepostas e coexistindo agora, onde a brincadeira é perceber o que já está pronto como se estive-se sendo feito, o que está concluído, completo, perfeito como se estive-se em processo de aperfeiçoamento, desenvolvimento, um ir sem chegar, um chegar sem ir, poder sem limites, sem regras e direções determinadas, sem desejo, pois aquilo que deseja, é tudo que pode ser desejado, aqui e agora, olhe pra quem você é, sempre foi e sempre será, além do tempo e do espaço, além da escuridão ou da luz.

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