Friday, May 24, 2013

O Nada importa...

O todo é real, o que você acredita que é você, em sua pura inocência, esse agente das mudanças, não existe, não é real, e assim como todo o universo, surge para desaparecer sem significar nada diante desse infinito surgir e desaparecer, também surge essa sensação de separação, que é sempre singular, surge e desaparece simultaneamente, aqui e agora.
As coisas não mudam com o tempo, as coisas mudam sempre aqui e agora, tudo coexiste sempre como partes dessa brincadeira.
Visualize musicas em um cd, elas estão paradas ali, são dados em um disco de plastico, quando são tocadas parecem um evento, começam e terminam, nunca são iguais, a não ser que você grave um cd somente com uma musica, mas se for um disco variado, todas essas musicas estão ali, paradas, coexistindo simultaneamente neste disco, até que alguém toque, isso revela a ilusão de tempo, mais ainda há o espaço  que essas musicas ocupam, que é diferente e para compreender a ilusão de espaço basta perceber que todo ruido é o próprio espaço em movimento, que é a essência de todas as musicas, intervalos entre um espaço infinito de silencio onde há o aparecer de ruídos finitos, que nunca se repetem, esse espaço é a consciência que é infinita onde surgem, em diferentes escalas, esses ruídos finitos, sendo apenas movimentos dessa mesma consciência, brincado de ser, infinitamente e simultaneamente,o espaço é infinito, o surgir e desaparecer de ruídos é infinito e singular, sem sentido, então ele não é espaço, é algo além da logica e do conceito de espaço, fim da ilusão. 
A brincadeira é sempre a mesma, surgir totalmente inconsciente de si, como uma pedra, caminhar da total ignorância, da diversidade, das diferenças, até a vida consciente, das quais as formas são sempre singulares e aleatórias, até a forma humana que pode então, pela vontade do todo, constatar a consciência do todo, de volta ao silencio do um.


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