Quando esta testemunha, constata seu caráter unitário, toda a separação some, todo movimento cessa, toda diferença desaparece, nada é visto, ninguém vê, só há você, e você agora ri do fato, incompreensível para a mente que é dual, que Jesus Cristo e Judas sempre foram a mesma coisa, que Hitler e Gandhi vieram e voltaram exatamente do mesmo lugar e que cumpriram exatamente o mesmo propósito, e isso vai soar violento, perigoso, apenas onde ainda é visto o medo e seus derivados, raiva, aversão, pois onde a suprema compreensão eliminou o ponto de vista, esse que ama ou teme, não existe, só há amor, agora e sempre, o passeio pelo sonho, cheio de surpresas, maravilhas que nos encantam ou atormentam e depois se vão para sempre, se tornou perfeito, calmo e seguro.
Essa suprema compreensão, essa experiencia final da unidade não está contida neste texto, nem em qualquer outro, não há um método especifico para a experimentar, ninguém a possui ou pode compartilhar, isso ocorre de dento para fora é a unica escolha real de cada um desses pontos de vista diferentes, que se denominam individuais, porém todos tem acesso direto a isso, durante toda a vida, sempre que questionam quem são ou de onde vem, alguns se empenham nessa busca em obtê-lá e ela está sempre com eles, outros vivem a vida sem pensar sequer nisso e ela está sempre com eles, alguns a experimentam no leito de morte, outros em vida, mas todos já a são, sempre, e mesmo que jamais sintam essa unidade, vivam separados, a morte sempre a revela, para toda a forma, da qual esse fim nunca escapa.
Quando se socializa uma experiencia interna como essa, que transcende os limites da razão e da logica, e que sugere a morte em vida, o fim de toda crença no dual, o fim de toda experiencia, é perfeito que as reações sejam as mais adversas possíveis, por que não se esperam resultados onde é compreendido também, os motivos das diferenças existirem, tudo está no lugar, a brincadeira deve continuar, e isso é perfeito.
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