Thursday, July 18, 2013

Revelações por minuto

A ilusão acabou, nada está acontecendo, nada é real, não importa mais os que os sentidos informam, tudo está integradoentão o silencio se revela para a forma de si mesmo.TUDO É SEMPRE UM, TUDO É SEMPRE TU, UM INFINITO COMPLETO, ETERNO E IMUTÁVEL.

Nem medo nem amor são reais, por que não há o que temer ou amar, HÁ APENAS UM, isso que não pode ser compreendido dentro de nenhum conceito, mas despindo-se deles, indo além deles, encontra a si mesmo, você, o ser único.

Quando o personagem morre, em um filme, o que acontece com o disco dvd, onde está gravado o filme? ou o que acontece com o dispositivo de laser que lê o filme? ou com o roteirista e o ator? ou com a tela onde ele passa? NADA, assim é isso que chamamos vida, nada acontece de fato, só parece, que também é uma história fictícia, sem sentido e em sua essência, você, onde tudo acontece, imutável.

Tudo aquilo que você gostaria de mudar em você e no mundo, aceite, ou melhor, ame, deixe que seja exatamente como é, interaja, convide, receba com um sorriso, você não tem escolha, acreditar que tem é sofrer.


A verdadeira compaixão é a natureza de tudo que é, até da violência, que floresce disso naturalmente, naquela forma que encontrou a sua essência, ou então, na própria essência que se revela a forma.


Vocês são tudo isso que vocês possam pensar que são, mas vocês são ainda muito mais, tudo aquilo que nem imaginam que são.

O intelecto é uma possibilidade, que conclui ser inexistente e resiste, mas é apenas uma das infinitas possibilidades, sem propósito, que em ti coexistem, agora.

Como algo poderia aprender se a lição é infinita? a verdade é que na unidade não há lição nenhuma, não há nada pra aprender, isso tudo é uma peça, que você mesmo prega em você, tudo é você, o que há pra conhecer, o que há pra saber, o que há pra fazer, o que ainda não é o que é você, onde não é isso, onde não está isso que é você, agora?

O convite ao silencio é um convite pra você parar de fazer parte desse filme, por um momento, e olhar para a essência de si mesmo, a realidade que assiste, esse teatro insignificante, vazio, todo feito de ti.

Por que meu amigo isso, meu chefe isso, minha mulher aquilo, minha namorada isso, meu país isso, meu mundo isso, as coisas tem que ser assim, assado, tenho que fazer isso, aquilo, e o drama se estende...

Não há nenhum mapa pra se chegar onde já se está, nenhuma receita para ser o que já se é.

O objeto, sua origem, seu destino, o trajeto que percorre, o espaço onde isso ocorre e isso que observa, sempre são a mesma coisa, você, nada está acontecendo, você não está acontecendo, você não está sendo, não foi, você é.

Isso que fala a verdade já é em si a contradição do que diz, não há ninguém falando, nem ouvindo, nem circunstancia.

Deus é onipresente, ponto final, nada mais existe, nada se move, nada acontece, isso é Deus, aquilo é Deus, lá é Deus, aqui é Deus, você é Deus, não-você é Deus, tudo é Deus, Tudo é você, eu sou Deus te mostrando a opção de se libertar da ideia, de não ser eu.

Você não pode escolher sair na chuva e não se molhar, você pode escolher sair na chuva ou não, mas observe que ambas as escolhas e seus resultados são pré-determinados, a circunstancias que levam a escolha, toda a história, seja qual for, já está escrita, o começo, o meio e o fim, são sempre a mesma coisa, agora.

Perceba que a mente é a ilusão em si, vê uma complexidade infinita incompressível pra ela, enquanto a realidade é uma singularidade infinitamente simples, onde a mente não existe, nada existe, só isso, e isso é nada, não é nem mesmo o conceito nada e seu sentido.

Não adianta revelar a verdade as massas, tampouco enfiar goela abaixo de uns poucos, ela não está nas palavras escritas, nem no ruido de sua verbalização, ela soa dentro de todos, mas só será ouvida por aqueles que realmente a desejam, se o desejo ainda não existe, eles não poderão ouvir, não importa o quanto alto grite aquele que já ouviu seu silencio inconfundível.


Todo e qualquer drama existencial é sonho.


Meditar é a brincadeira de evitar que o falso se sobreponha ao real, o tempo todo, é a presença da verdade que impede, o envolvimento da testemunha onipresente, nos dramas ilusórios que assiste.

Nada do que está escrito aqui é mais importante, novo ou melhor, do que qualquer outra coisa, só há a perfeição inalterável, nada nem precisa ser escrito sobre isto, assim isto é

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