Thursday, December 29, 2016

A necessidade de perdoar

O que está implícito na necessidade de perdoar, o que está por trás dessa atitude tão valorizada, considerada tão importante nas relações humanas? A responsabilidade, a autoimagem, o ego, a necessidade de perdoar surge apenas quando nos ofendemos, se nos ofendemos é porque estamos identificados com aquilo que não somos, se estamos identificados com aquilo que não somos, somos prisioneiros da ignorância, do ego, quando isso ocorre nos responsabilizamos pelas ações do corpo, pelo que pensamos, nos culpamos ou nos orgulhamos do que acreditamos fazer, pensar. A dois mil e quinhentos anos buda nos presenteou com a seguinte oração: Há pensamentos mas não há pensador, há ações mas não há agente, por que ignoramos essa simples verdade sofremos, culpamos os supostos outros pelas as suas ações e nos sentimos culpados por nossas ações, a raiz de todos os aparentes problemas da humanidade é sempre em todas as situações o ego, que é a identificação daquilo que realmente somos com uma imagem, miragem, um conceito, uma ideia, uma historia, um corpo, um ser humano, uma ficção, da mesma forma que estamos identificados, criando essa ilusória entidade, esse falso eu que é o agente responsável pelas ações, pensamentos, o culpado ou meritoso, que não existe, da mesma forma vemos o outro como sendo essa entidade, o culpamos, o julgamos, e o condenamos ou o perdoamos, quando a luz daquilo que realmente somos, dissolve toda essa confusão, então essa ilusão acaba, não há outros, não há esse você como esse fazedor ou pensador, há apenas você como pura consciência, absolutamente só, se desdobrando em uma infinidade de formas e personagens fictícios, animados ou inanimados, espaço e conteúdo, sem controle nenhum sobre suas ações, um teatro, filme, imaginação, que não lhe afeta de forma alguma, quando há essa compreensão, que não é mental ou intelectual mas uma vivencia direta e indubitável, o que acontece ou não acontece se torna absolutamente irrelevante, insignificante, mero entretenimento, se você consegue adentrar neste panorama, a necessidade de perdoar, de procurar o que é útil ou que funciona, desaparece, por que não há mais julgamento, não há mais situações boas ou ruins, o que acontece é sempre o que tem que acontecer, goste você ou não, alias, você não distingue isso é bom ou isso é ruim, é o ego que o faz, você é pura e apenas consciência, todo o resto são apenas projeções dessa consciência, nela mesma, dela mesma, para ela mesma, mas não a mudam ou afetam de forma alguma, aquele organismo, onde a consciência está desperta da identificação, da autoimagem, pois consciência não tem nenhuma necessidade de se identificar, não tem imagem, não tem identidade, neste organismo todo esse drama da culpa e do orgulho desapareceu, ele não culpa mais os outros pelas suas ações, afinal eles apenas estão seguindo o roteiro, não possuem autonomia , nesse organismo não há mais uma entidade fazendo coisa alguma, não há mais o desejo de moldar a experiencia de acordo com suas preferencias, seja qual for a experiencia é sempre neutra, e apenas observada sem participação direta, as ações desse corpo ainda seguem o roteiro, mas agora são pautadas no amor incondicional da consciência, Deus, aquilo que você realmente é e sempre foi, onde não há necessidade de mudar o que quer que seja, onde não não há necessidade de perdoar, onde há uma apreciação incondicional infinita, por todas as nuances, das mais obscuras as mais maravilhosas, desse sonho divino.

O que há lá?

Você é pura consciência, ok, não há nada além de consciência, ok, mas... este ok representa um entendimento teórico, conceitual, ou a experiencia de ser pura consciência onipresente?
Se sim, questões relacionadas a humanidade, ao sofrimento, a desigualdade social, ao destino do planeta sequer devem surgir, não digo que por algum esforço você deve suprimi-las, simplesmente não surgem, se surgem, não surgem para a consciência, a consciência não tem nenhum tipo de preocupação com o que quer que seja, não reconhece nada além de si mesma e sua infinita, ilimitada e onipotente imaginação, investigue isso e constate, o que a consciência quer, anseia, deseja, o que a consciência está dizendo ou fazendo agora? Quando alguns mestres apontam para a via direta como algo não gradual, como uma não pratica, isso significa que estar consciente da consciência não exige tempo nem esforço, mas por outro lado um certo esforço e tempo é exigido para que a consciência, você, se desapaixone, se desencante da imaginação, ou seja , do corpo, das pessoas, do mundo, do universo, das imagens, do irreal, dos conceitos e ideias, da mente, silenciar a mente também exige um processo de desconstrução, um trabalho de desconsiderar reais o mundo dos conceitos, por exemplo, nenhum conceito existe, uma arvore não existe, arvore é um conceito, em um determinado momento esse conceito foi aplicado a um determinado objeto, mas esse objeto poderia ser rotulado de outra forma, com outro conceito, fogo por exemplo, e aquilo que identificamos, rotulamos como fogo poderia ser rotulado como lápis, e por que não? quando você vê aquilo que rotulamos com o conceito de arvore, algo existe lá, mas não é uma arvore, o que há lá? Aplicamos essa pratica mais algumas vezes, então, existe, algo e lá são conceitos também, eu, você, o mundo, a humanidade, e até a consciência são conceitos também...
então...
o que há?
haver também é um conceito...

Além do limite do ridiculo

Se o ego fosse capaz de enxergar toda sua miséria, o quanto todos seus movimentos, crenças, opiniões, valores e princípios, esperanças e expectativas o colocam além do limite do ridículo, o quanto todas as suas ações e falas apenas confirmam a sua infinita ignorância e estupidez, o quanto foi inútil todo seu esforço no intuito de afirmar a sua existência, seu esforço devorando livros, obtendo títulos, diplomas, mestrados, doutorados ou até mesmo curtidas no Facebook, views no youtube, se ele fosse capaz de ver além da sua total inconsciência, da incapacidade que os objetos, seus zeros na conta bancaria, carros na garagem, eletrodomésticos, roupas, sapatos e moveis atrolhados nos seus imoveis, são, de lhe proporcionar uma real satisfação, que a insatisfação, a miséria e o sofrimento são justamente os pilares que o sustentam, se o ego tivesse esse poder, ele automaticamente se suicidaria e deixaria esse organismo, a qual ele vem parasitando, livre para vivenciar o amor, a paz, a liberdade, a infinita satisfação, a verdadeira e ilimitada felicidade sempre presente, deixaria esse organismo livre para ser o que ele realmente é, livre desse desejo de ser alguém, de ser importante, relevante, significativo, desejos e anseios injetados nesse organismo por esse parasita, o fazendo se mover no mundo como um débil mental altamente qualificado, afim de sustentar a si próprio e perpetuar sua ilusória existência, se o ego tivesse essa capacidade o mundo não seria esse circo de palhaços ridículos, neuroticos e suas certezas ridículas, do qual qualquer organismo que tenha se libertado de seu domínio, desse verme parasita, de sua ardilosa e convincente hipnose, se passando por você, ri, como se assistisse uma obra prima da comedia, um sonho que estupidamente o ego considera ser a realidade.

É muito fácil identificar o ego, sua base é a ideia de que que você é um e eu sou outro, de que as estrelas estão lá e você aqui,  de que você muda, se move, escolhe, pensa, fala e faz, de que existe qualquer tipo de distinção entre você e o que quer que seja, de que esse corpo é você e todo o resto do universo não. 


Tuesday, May 5, 2015

Esqueça o mutavel

Você tem dado uma inestimável importância ao transitório, ao mutável, você estabeleceu uma relação de desejo por alguns dos objetos transitórios, mutáveis, que observa, sua família, seus filhos, seus bens,  sua segurança profissional, econômica, seu corpo e a saúde dele, você estabeleceu uma relação de aversão com alguns objetos transitórios, mutáveis, que observa, certos odores, certas imagens, certas situações, tudo que oferece risco a segurança da sua família, do seu corpo da sua saúde, de sua integridade física e psicológica, e você tem evitado e temido esses objetos, situações, circunstancias e preservado os citados anteriormente, isso é uma luta sem fim, que tem tirado sua paz, por que mesmo com todo seu esforço, sua família perde um membro, seu filho adoece, sua casa é assaltada, você é demitido, suas vendas caem, querendo ou não você acaba se envolvendo em alguma situação indesejada, e então você sofre, sofre por que acredita que está no controle, que tem escolha, se culpa, porque acha que o que acontece é resultado de suas escolhas, que você está sendo punido por Deus, por alguma coisa que fez no passado, em uma vida passada, e isto é um grande equivoco, que tem como base o fato de você estar inconsciente de quem você realmente é, de você não ter se dado conta que você não pode ser nada que é observado, nada que mude, de você não ter notado que existe algo, ininterrupto, imutável, no meio, permeando ou sustentando, tudo que muda,
e nada existe sem isso, a observação, podemos chamar de consciência, tudo muda mas o testemunhar disso é sempre o mesmo, a alegria aparece, a tristeza aparece, a dor aparece e desaparece, o corpo nasce, cresce e morre, há calor, há frio, há surpresas boas e há surpresas ruins, mas o testemunhar disso tudo é sempre o mesmo, há o sono profundo onde não há experiencia alguma, há o sonho durante o dormir onde a experiencia é mais flexível e há o sonho desperto onde a experiencia segue as leis da física, causa e consequência, etc. mas em tudo isso há um elemento chave, imutável, não afetado de forma alguma por nada que parece acontecer nos três estados, a observação, é assim, observe sua vida e veja se não é assim por si próprio, o problema é que essa observação não pode ser observada, você não pode encontra-la, por que você é essa observação, e você não tem qualidades objetivas, forma, tamanho, cor, peso, som, dimensões, localização, é ininterrupto, não tem idade, não tem começo nem fim, não pertence a você, é você, o que ocorre é que essa observação pode acabar se identificando com um dos objetos que observa, o corpo que você acredita ser você, a coleção de memórias que você acredita serem suas, os sentimentos, as emoções, a família, os bens, nada disso é você ou é seu, e está fadado a desaparecer, está fadado a constante mudança, apenas observe, seja apenas o que você é, observação, que é silencio, paz, amor, liberdade, felicidade, deixe todo o resto ser o que é, não tente controlar, não tente tornar a experiencia mais agradável para esse ou aquele objeto, apenas assista o show, isso é amar e só é possível quando você é o amor, o que você é sempre.

Quem é você

A proposta é que você rejeite qualquer resposta que surja a pergunta quem sou eu, pois qualquer resposta que surja como uma palavra ou forma, é algo conhecido, faz parte do passado, do acervo da memória do cérebro, e você não é nenhuma palavra, nenhum pensamento, nenhuma forma, você é isso onde tudo isso surge, pensamentos, palavras, formas, você constitui todos eles, palavras pensamentos, formas, mas não é constituído por eles, você é anterior a qualquer um deles, é independente de qualquer pensamento, palavra, forma, veja por um segundo, que tanto isso que você acredita ser você e aquilo que você acredita não ser você, é você, não há nada além de você, não existe um você, que é um corpo(forma), um aglomerado de pensamentos e experiencias(ego, mente)separado do resto de todas as coisas, na verdade não há coisas separadas, porque todas essas supostas coisas, são você, o que chamamos de nuvens, é você, o que você chama de filho, é você, o que você chama de ouvir, é você, o que você chama de espaço infinito é você, o que você chama de estrelas, planetas, galaxias é você, aquilo que você odeia, é você, aquilo que você ama é você, quando você diz eu engordei, é uma tolice, você não tem dimensões, nunca é maior nem menor, o que
acontece é que você está identificado com algo dentro de você, um corpo especifico, que engorda e emagrece, existe uma percepção limitada pelos cinco sentidos, a qual você ilumina como consciência,  existe uma infinidade delas, mas você não esta limitado a isso, você não é isso, você constitui isso, mas não é isso separadamente, você é o espaço infinito e todo conteúdo infinito nele, mas ao mesmo tempo não é nem um nem outro, você é tudo e esse tudo é algo indescritível, indefinível, não se resume ao que é conhecido mas também a tudo que é desconhecido e além, por isso que a mente tem que parar, por que é isso que ela faz o tempo todo, o posicionar no tempo e no espaço, e quando ela para, essa posição no tempo e no espaço se desmancha, se dilui como um torrão de açúcar na água, tudo se torna água, na verdade você nunca foi uma parte do todo mas manifestou a mente para que o fizesse acreditar que é, é assim que deve ser, você brinca de ser algo especifico dentro de você, nesse momento você acredita ser uma célula, você acredita ser um cachorro na rua, acredita ser uma forma de vida distante em uma galaxia distante, acredita ser um elétron, um núcleo, um próton, um nêutron, espaço, acredita ser um sol ou um planeta sem vida, e, ao mesmo tempo, é absolutamente consciente, ou, é consciência, de que absolutamente tudo que foi dito neste texto é a mais pura verdade, ao mesmo tempo você é consciência de quem, ou o que, ou nenhum dos dois, você realmente é.

Wednesday, January 28, 2015

Mickey Mouse e quem você acredita ser

Saber a historia da raça humana, a sua suposta história, é como saber a história do Mickey Mouse, isso que você acredita ser você, que fala, pensa, sente, sorri, chora,  se move, dança, canta, se relaciona com outros, é apenas um personagem fictício de uma história fictícia, a existência, que por ignorância você considera real, que não existe de fato, não é real, esse personagem, esse você, que é a identidade de um corpo, que nasceu em uma determinada data, filho de um determinado casal,  que tem uma nacionalidade, que tem uma etnia, uma cor de pele, de cabelo, de olhos, que tem gostos, preferencias, opinião, é apenas uma pintura em um quadro em movimento, um desenho em um papel, um monte de pixels coloridos se movendo em uma tela de cinema, uma projeção.




Quando você vê o Mickey Mouse, você ignora que o que você realmente está vendo, é apenas tinta no papel, da mesma forma, o papel é como o espaço e a tinta é como a matéria, não há ninguém lá, quando você acredita que você existe, você ignora que o que existe realmente é apenas espaço e a matéria no espaço, formando infinitos desenhos, no entanto, nem papel e tinta e nem espaço e matéria existem, apenas aquilo que vê, que é o constituinte da matéria e do espaço, é que é real, mas, não se enquadra no conceito de existência e não é nem matéria nem espaço, podemos ver de outra forma, há observação, silencio e ruido, ruido é todos os fenômenos, emoções, sentimentos, pensamentos e elementos sólidos, físicos, apenas som em diferentes frequências, comprimento de onda e escalas, densas e sutis, o silencio, oposto do ruido, é o que da destaque ao ruido, que torna possível a sua percepção, a distinção entre esse e aquele ruido,  é o espaço, entre cada fenômeno ou ruido, ou forma, ou objeto, ou energia, movimento, luz ou formação luminosa, que permite a sua manifestação,  é tudo a mesma coisa, mas sem a observação, os outros dois não existem, a observação é a razão primaria, sem a observação não há nada para ser observado, o interessante é que tanto o espaço como o conteúdo no espaço, são constituídos da observação, ou consciência, que não é o conceito, mas isto que está presente agora, que possibilita o acontecer dessa fantasia de um suposto alguém lendo um texto, que acredita na ilusão de que existe um Mickey Mouse, um ser humano, tanto faz, e até acaba acreditando que é isso, um dos desenhos que constitui, de fato você é isso, por que o constituinte nunca deixou de ser o que é por estar constituído algo, é como a tinta, mesmo ela tendo sido usada para desenhar o Mickey Mouse, ela continua sendo a tinta, ou seja, você continua sendo o que você é mesmo se identificado com algo que você constitui, continua ilimitado e indefinível, mesmo constituindo algo limitado, definível, perceptível, na verdade você é a essência de todas as coisas, e não é coisa alguma, está presente como a observação de si mesmo em estados alternados, ininterruptamente, em um estado além de todos os estados, você nunca é o constituído, é sempre o constituinte, mas se confunde, pois o que que é constituído permanece sendo apenas o constituinte.


Para que essa brincadeira nunca se torne desgastante ou monótona, existe uma mecânica que determina tudo, que nenhum ruido jamais deve ser igual ao outro, para que nenhum suposto evento seja repetido, pode ser sempre semelhante em alguns pontos, mas sempre há algum tipo de variação que torna cada fenômeno infinitamente singular, essa mecânica existe para que não haja trabalho nenhum da sua parte, isso não foi criado, isso sempre foi assim, é assim que você é, essa mecânica é como se fosse o desenhista, o autor, é essa mecânica que determina tudo que o Mickey Mouse, ou o ser humano, faz, pensa, sente, quando e como, e não ele próprio, você simplesmente assiste o desenho, o filme ou a vida, você não pode muda-la, nem precisa, nem pode fazer nada além de assistir, tudo acontece seguindo o script, determinado por essa mecânica, que opera pela sua presença, a presença da observação imparcial, neutra, essa presença é como a luz do projetor, quando você acredita que é o responsável pelo que o corpo faz, fala e pensa é como dizer que o Mickey Mouse é responsável pelo que faz, fala e pensa, ou que a luz do projetor é responsável pelo que acontece no filme, de qualquer modo, o filme ou a vida, é apenas uma encenação fictícia, nada disso está realmente acontecendo, nenhum dos objetos do mundo do Mickey Mouse é real, assim como nenhum dos objetos do universo existe, a essência, o constituinte de toda essa existência fictícia, não é afetado de forma alguma pelo que acontece com os objetos ilusórios que constitui, assim como se o Mickey morresse, o  que morreria? a resposta a essa pergunta define o que você acredita ser, uma ideia, um pensamento, que vive, se move, e morre, na luz daquilo que você realmente é, que nunca nasceu e nunca irá morrer, mas não aceite isso teoricamente, investigue e constate isso por si próprio, se não vai continuar sendo o Mickey, nos outros campos da vida, acreditando ser algo imortal, a constatação disso que você realmente é, é a morte do que você acredita ser, é a morte do Mickey, mesmo que ele continue dançando, cantando e protagonizando infinitas histórias, há agora uma sabedoria, de que nada disso é real.

Veja por si mesmo que o Mickey jamais vai entender o que ele é, que ele não é real, que é apenas um desenho em um pedaço de papel, apenas tinta posta de forma ordenada sobre um espaço vazio, quadros em movimento, que dão a impressão de algo inteligível, vivo, existindo, ele só será capaz de perceber a sua inexistência, se o autor criar uma história onde isso acontece, e quem estará la para perceber a sua inexistência? da mesma forma somente pela ordenação da mecânica do cosmos, o homem pode compreender a sua natureza, reconhecer a sua não existência, mesmo que na história pareça ter sido dado a ele por alguma experiencia, por algum mérito seu, ou resultante de seu próprio esforço em descobrir a verdade sobre si mesmo. tudo não passou de uma brincadeira, mesmo que ele tenha passado por todos esse desafios de sua "busca magica", no final, ele percebe que nada nunca aconteceu e o que ele buscava sempre foi apenas o evidente e derradeiro fato de sua própria realidade,  sua não existência, encarar a sua não existência não é tarefa fácil, mas é uma tarefa muito mais complexa e árdua perpetuar a sua ilusão de existir, ou buscar uma identidade mais elevada, que esteja além dessa falsa, que se alimenta e se perpetua exatamente nessa busca, se de repente o Mickey parar a sua busca, ou despertar para um estado de felicidade que não depende de absolutamente nada, nem de se mover, nem de ficar parado, nem de ter, nem de ser, independente das circunstancias, o que veremos em suas histórias animadas? da mesma forma o medo do tédio, mantém o homem nessa constante busca pelo desconhecido, pela experiencia, pela satisfação circunstancial, e essa é sua miséria, pois a verdadeira satisfação está em si próprio, não dentro nem fora, mas na constatação da verdade sobre toda a existência, não a verdade sobre si mesmo ou sobre o mundo, mas no fim dessa separação, da verdade e daquele que a descobre, que a conhece, pois enquanto há alguém pra conhecer a verdade ela não pode ser conhecida, morra, desapareça, que é simplesmente reconhecer que não existe ninguém aí, que você não existe, então o que irá morrer ou desaparecer? assim como o Mickey você acredita ter uma personalidade, ser essa personalidade, que é o que o diferencia do Pluto, do Pato Donald, do Pateta, acredita ter um gênero que é o que o diferencia da Minie, da Margarida, da Clarabela, se eu disser para uma criança, que o Mickey não existe ela vai dizer, "existe sim!" de certo modo existe mesmo, mas não é real, assim como você, que nada mais é que o próprio pensamento, uma confusão criada pelo pensamento, que criou um pensador, que é ele próprio, o pensamento é o eu, da frase "eu penso", e na sua astucia concluiu, que assim como o Mickey, "penso logo existo", mas esse que pensa que pensa, é o próprio pensamento que criou uma falsa entidade, que assim como o Mickey, existe, mas não é real. 

O veneno do nomear

Nomear é o principio do engano, o mascaramento do silencio, que não é silencio nem ruido, não o fim, o nascimento da mente, a falsa queda da unidade, que não é unidade nem diversidade, o inicio da sensação falsa de fragmentação, o pecado da distinção, o simples surgimento do pensamento eu, cria uma contração da realidade em si mesma, um ilusório posicionamento, uma falsa compressão e um falso desconforto, uma falsa sensação de falta, de incompletude, a rejeição de todas as palavras é o fim da ilusão, não importa se elas continuam a surgir, as ignore, não nomeie essa ação, não pense que age, toda palavra é uma mentira, o que existe, não pense que existe, não chame de existência, de existente ou não existente, não chame de coisa alguma, não nomeie, quando o processo de nomear para por completo, ou é desconsiderado mesmo em ocorrência, a realidade se revela, quanto mais o processo de nomear, de distinguir, se aprofunda, mais a ilusão e o sofrimento se amplificam, chega um ponto em que a crença nessa ilusão se torna tão solida que não podemos mais ver um minimo feixe da verdade, verdade que não se difere da mentira, realidade que não se difere da ilusão, por que tanto verdade como mentira, assim como realidade e ilusão, ainda são só pensamentos, palavras, nomes, nomear é um veneno que você mesmo bebe por que pode, um alucinógeno que você toma para se divertir, mas acaba perdido nessa alucinação, esquece por completo que é apenas uma alucinação e a toma por realidade, no principio era o verbo é uma mentira, não há nem principio nem verbo, nem substantivo, nem adjetivo, nem pronome, nem definição, nunca houve, nem palavra é palavra, nem pensamento é pensamento, nem silencio é silencio, isso é tudo isso e nada disso, o
pensamento é a serpente do paraíso, nomear é o mal, que não é mal, não há mal nem bem, isso ainda são nomes, atente pra isso, não lembre disso, não separe o atento, da atenção e do objeto da atenção, não separe o ouvinte do som e do ouvir, não separe o vidente do ver e do visto, não separe o sujeito do objeto, o observador do observado pelo nomear, nadar no mar da distinção das palavras é rejeitar a felicidade da realidade, até mesmo a poesia é um lobo em pele de cordeiro, o pensamento não vive sem você, toda palavra precisa que você acredite nela, que você a repita muitas vezes até que acredite que ela é indispensável, até que você acredite que aquilo que você nomeou, a coisa em si, é o nome que você deu, toda palavra é um parasita, que o engana pra que você o alimente, o fazendo acreditar que sem ele você não é nada, mas sem as palavras o que você é? você pode se perguntar: como posso viver no mundo sem as palavras? veja o quanto você está dependente de algo inútil, use as palavras, não permita que elas o o usem, o hipnotizem, não as abrigue como peças de ouro, não as valorize, quando todo conteúdo mental, cem por cento dele, perde o significado, a importância, a felicidade sempre presente transborda, é a maior conquista que você pode obter, não haver você e não você, esquecer tudo, todas as palavras e seus significados, isso é a verdadeira liberdade, não a palavra, não o significado, mas a coisa em si, apos ler isso esqueça tudo isso, ponha em pratica o que foi dito, não guarde isso, veja isso, sem o vidente, o ver e o visto, seja isto, sem o eu, sem o ser e sem o isso.

Saturday, August 30, 2014

Amor próprio

Primeiro: você não é o corpo e a mente
Segundo: o corpo e a mente são exatamente o que eles foram desenhados pra ser, são perfeitos, não podem ser melhorados, modificados, controlados por nenhuma força no universo, seu comportamento, suas atitudes, seu temperamento, seus pensamentos, suas emoções, suas sensações, são a manifestação daquilo que eles foram programados para fazer, cada ação do corpo e da mente, ou cada reação, são predeterminadas antes de seu surgimento ou nascimento, cada um tem um papel a desempenhar no teatro da vida que não os cabe escolher.
                                       
Lembrando da primeira máxima, você não é o corpo e a mente, e da segunda, os corpos mente são perfeitos como são, não precisam, não devem e não podem ser mudados, então, e só então, você pode amar, ou seja, deixar que sejam o que são, algumas pessoas vão aprovar esse corpo mente, outras vão desaprovar, mas elas não estão aprovando ou desaprovando você, vão querer que o corpo mente, que elas acreditam que seja você, mude, seja diferente, aja diferente, pense diferente, você não precisa entrar em conflito com elas por causa disso, elas também não podem evitar de agir assim, pensar assim, ser assim, basta que você não caia nessa armadilha, basta que você não esqueça essas duas máximas, você não é o corpo mente, e o corpo mente são perfeitos como são, então você pode olhar para esse corpo mente, por mais que ninguém o aceite como ele é, por mais que todos o reprovem, e ama-lo, sem reservas, isso basta, ele não precisa ser amado por outros, apenas por você, ele não precisa de uma fonte extra de amor, ele tem você o suprindo de todo amor necessário, pois você é a fonte de energia infinita que o sustenta, que sustenta todos os corpos mente, todo o teatro da existência, todo o universo, a partir dessa compreensão, desse amor incondicional por esse corpo mente, que você acreditava que era você, ciente que você não é ele e não pode melhora-lo, adequá-lo as as imagens que outros corpo mente projetam nele, a partir daí, você pode estender esse amor a toda existência, compreender que tudo é e deve ser como é, e é perfeito assim mesmo, só diante dessa visão de que, seja o que for, é como deve ser, e que, seja o que for, é você mesmo, então você pode experienciar sua natureza real, amor incondicional e sem limites, pois só há amor de verdade, quando não há mais o outro, quando você entender que não está amando alguém ou alguma coisa, mas só e apenas a si mesmo, expresso em todas as manifestações, e isso é amor próprio, isso é o que Jesus quis dizer com "ame a seu próximo como a si mesmo", tudo é você, não há outro, nada está próximo nem distante de você, só há você, tudo é você, e você é amor, é vida.

Sunday, May 4, 2014

Como a mente te engana?

A mente está sempre contando uma história, com muitos personagens, cenários e situações, e te faz acreditar que isso é a realidade, em 100% dos casos, essas histórias são 0% reais.

O que vemos pela manhã quando acordamos em nossas camas, em 100%, ainda é um sonho, quando acordamos realmente, nada vê nem nada é visto.

Você, a verdade, é o pai da mente, ou seja, o pai da mentira, seu filho, que é uma mentira também, lhe conta cinco mentiras básicas: tudo que você vê, tudo que você ouve, tudo que você saboreia, tudo que você toca, tudo que você cheira, como resultado dessas cinco mentiras, quando você acredita que elas são reais, duas outras mentiras surgem: tudo que você pensa e tudo que você sente, inclusive aquele que pensa e aquele que sente.
                                     
Não há ninguém compartilhando um texto com você, não há ninguém lendo um texto, descobrindo algo novo, concordando ou discordando do que está escrito, nada disso está acontecendo realmente, isso é mais uma das histórias absolutamente fictícias da mente.

E saiba, não há nada de errado em sonhar, quando você não confunde o sonho com a realidade.

Seja o que for que eu tenha te dito, que aqui esteja escrito, não tem a menor importância, não faz o menor sentido, até que você desperte.

Friday, February 14, 2014

Mestre? pra que?

Abandone todas as imagens de mestre que você tem, um mestre nunca é aquilo que você "espera" que ele seja, ele é sempre aquilo que você "precisa" que ele seja, muitas vezes o mestre é um evento dramático e indesejado, uma pedra no caminho, uma grande decepção, ele vai refletir todas as imperfeições que você "acredita" ter, e mesmo assim vai permanecer perfeito, isso pode te irritar muito e independente das imperfeições que você acredita ter e projeta nele, ele segue sorrindo e inabalado, perfeito, por que um mestre ama a si mesmo completamente, porque um mestre compreendeu do que se trata a realidade, um mestre aceita tudo que se apresenta, sem julgar sem dizer: isso é um defeito em mim, ou isso é uma qualidade em mim, essa separação desaparece por completo, um mestre é um ser perfeito, que se aceita e se ama completamente, tudo pode aparecer no corpo, na forma nomeada, onde ele se descobriu, raiva, carinho, coragem, medo, explosão, serenidade, malevolência, compaixão, nada o afeta, ele não se sente culpado nem orgulhoso de suas ações, por que um mestre está consciente que não existe algo como "suas ações", um mestre é aquele que foi liberado por completo de toda ilusão de separação, um mestre não é alguém que viu a unidade, um mestre é a própria unidade, até mesmo quando um mestre é rude e violento, ele está sendo absolutamente altruísta, por que um mestre é um ponto na consciência onde o ego, a ilusão de separação, de conflito, de certo e errado, perdeu totalmente a sua influencia, é isso que Arjuna compreende, que o permite lutar contra seus primos e contra seu próprio mestre, um mestre vê claramente onde está seu equivoco, que pra você pode ser uma grande verdade, mas para o mestre não passa de uma reles ilusão, ele vai te mostrar isso ou não, e a sua reação, pouco o importa, você vai projetar aquilo que você não gosta em si mesmo no mestre, mas para o mestre isso é um elogio, ele se sente muito bem com o que você considera pejorativo, um mestre não tem arestas a serem aparadas, ele não tem um comportamento especifico a adotar, tipo uma lista de "isso pode" e "isso não pode", um mestre age naturalmente, livre de ser o agente, para uns, o mestre será uma pedra no sapato, os espinhos de um roseiral, pra outros será como o tirar dos sapatos no fim do dia ou a beleza e o perfume das rosas, pra ele tanto faz, quem vê coisas boas e ruins nos outros ainda não compreendeu o significado do verdadeiro amor,  do verdadeiro mestre, ainda não aceita em si mesmo, os aspectos ditos, "negativos e positivos" como absolutamente neutros, insignificantes, ainda não pode entender o mestre, acredita que ele mesmo deve ter uma determinada postura e que o mestre também tem que agir de acordo com uma cartilha de: "atitudes de um mestre" para o mestre isso tudo é uma bobagem, besteirol, o mestre pode entrar em uma batalha ferrenha, se preocupar com determinado evento, mas no fundo, permanece sereno como um lago, nunca muda, nunca se perturba, nada fez nenhuma diferença, não faz e nunca fará, ele não conhece a verdade, ele não a recebeu, ele próprio é a verdade, o mestre pode até parecer dar importância pra algumas coisas, mas no fundo essas coisas sequer existem para ele, o mestre é aquilo que realmente existe, a sabedoria definitiva, o nada, o todo, o mestre não tem nenhum objetivo, nenhum propósito, não está construindo nada, nem o pretende, o mestre não tem uma vida, ele próprio é a vida, sem nenhum sentido, ou seja, sem nenhuma direção, sem nenhuma finalidade, é completo, a perfeição imutável é sua única percepção, a percepção direta, não conceitual, de si mesmo em todos os sentidos e não está em nenhuma busca de nenhum tipo, ele não busca a felicidade, a liberdade, isso são ideias tolas para o mestre, porque ele próprio é o real significado dessas palavras, que para ele são inúteis, para cada "pessoa" que cruzar o caminho do mestre, ele será exatamente aquilo que elas precisam que ele seja, e terá a dose certa de veneno ou de remédio para aniquilar de vez, essa suposta "pessoa", ou apenas amenizar o seu sofrimento até que ela esteja pronta para morrer enquanto "pessoa", para o mestre tudo pode acontecer, mas para ele, nada acontece, reflita sobre essa ultima frase, tente compreender essa afirmação, "nada acontece", de novo, nada acontece, mesmo, literalmente, então se você acreditar cegamente nessa afirmação, entregar-se de coração a essa afirmação você mesmo pode, talvez, chegar a compreender, que você mesmo sempre foi o mestre, e que não existe nada além de você, nem discípulos, nem ensinamentos e por conseguinte, nem mestre.  
 

Saturday, February 1, 2014

Tolices que acreditamos ser verdade

De tanto repetirmos alguma besteiras, elas acabam parecendo verdade, besteiras que outros disseram, que por nossa falta de discernimento direto entre a realidade e a ilusão, passamos a adotar como verdade, de fato, você está sonhando e acha que esse sonho tem alguma importância em algum sentido, que o que você acredita que faz tem alguma importância em algum sentido, que o que parece acontecer é relevante, determinante pra alguém em alguma situação, devido a um grande numero de tolos, da sua religião, do seu grupo de estudos, da sua seita, da sua cultura, da sua tradição, da sua etnia, da sua nacionalidade, do seu meio social, que apoiam a sua tolice, que acham que o que você diz é relevante, significativo, você não tem duvidas que essas asneiras são verdade, para a realidade você não tem importância nenhuma, zero, não importa o que você diga, para realidade nada nem foi dito, a realidade está se lixando se você gosta ou não disso ou daquilo, se você acha que "deveria" ser assim ou assado, que "poderia" ser assim ou assado, a realidade nem te vê, só você que é sempre o ultimo tolo a saber a verdade, o tolo do pedaço, é que acha que é grande coisa, pois não importa o seu tamanho, quantos tolos te seguem, tudo isso é insignificante pra realidade, que não tem tamanho, pra realidade você nem existe, pra realidade as relações humanas e dos humanos com o planeta, com os animais, etc. nem existem, são um conto de fadas, uma brincadeira insignificante, sem nenhum propósito, se você não concorda com isso, essa atitude só demonstra o quanto você é iludido e  o quanto está separado da realidade, se você conhece a verdade através da Bíblia, do Alcorão, dos Vedas, dos Sutras de Gautama, do Tao Te King, do Torá, você ainda é um tolo, se você conhece a verdade através do evangelho segundo Alan Kardec, do livro dos mortos egípcio, dos mórmons, dos tibetanos, dos ensinamentos de Gandhi, do "Mein Kempf", das grandes obras literárias dos filosóficos gregos,  das escrituras mais antigas da terra, das placas sumérias, das tábuas de esmeralda, do livro de Merlin, dos extraterrestres e da convenção galática, de Ashtar, etc., você ainda é um tolo, se você conhece a verdade através do Jornal Nacional, você é um tolo, se você conhece a verdade, através da mídia alternativa, você é um tolo, se você conhece a verdade através dos psicodélicos naturais ou sintéticos que tomou, você é um tolo, se você conhece a verdade através da ciência, você é um tolo, se você conhece a verdade através da musica ou dos videoclipes de seus artistas preferidos, você ainda é um tolo,a única maneira de conhecer a verdade é descobrir quem é esse tolo, quem é esse que está sendo enganado, e por quem, quem é você, o que é você, agora, neste instante, sem pegar nenhuma definição dessas fontes citadas acima, sinta, veja, experimente, o que é você, quem é você agora, sem buscar nenhuma resposta na memória, experimente diretamente, sem fumar nenhuma erva dos xamãs ou ressoar nenhum mantra, sem tocar nenhuma musiquinha relaxante ou instrumento de frequências curativas, sem tomar nenhum chazinho, sem fechar os olhos, sem respirar assim ou assado, sem ficar em silencio, sem executar nenhuma pratica, sem posturas, comidinhas, etc., aqui e agora, sempre, essa é a verdade, não adianta eu te dar um relato de como eu cheguei a essa verdade, vou ter que usar palavras, conceitos e o que você é, vai continuar refém do intelecto e de conclusões intelectuais, mentiras, vai achar que eu tenho a resposta e que eu posso ser importante no processo do seu despertar, que é uma outra tolice, só você, por você mesmo, pode se dar conta de quem você é, o que eu posso dizer é que você é esse momento eterno e imutável inteiro, onipresença singular e sem dimensão, e que você "aprendeu" a dividir-se entre mim e não mim, isso sou eu e isso não sou eu, isso eu gosto e isso eu não gosto, e o que eu não gosto não sou eu, iludindo e fazendo de tolo, a si mesmo, mas não aceite isso como verdade e saia por aí postando isso nas redes sociais, ninguém vai te ouvir, por que não tem ninguém pra te ouvir, só há você, mas não aceite isso, continue achando que você tem "dicas" importantes pra dar para os "outros" que você é um sábio e que os "outros" são ignorantes, quando toda essa ilusão cai, a revelação da verdade é hilária, e você aprende então o verdadeiro significado da verdade, o absoluto e irrevogável silencio, a imutável e atemporal unidade do ser.

Sunday, January 26, 2014

Ensinamentos de Sri Ramana Maharshi

Sri Ramana Maharshi ensinava que nós já somos o Eu Real, o ilimitado oceano de Ser-Consciência-Beatitude; que a iluminação está sempre presente em todos, agora mesmo, sendo que apenas a nossa ilusão de sermos uma alma individual (jiva), ou um ego, é que obscurece a consciência do nosso verdadeiro estado. Bhagavan apontava, assim, que todo o esforço espiritual é direcionado não para alcançar a Realização – pois esta já está perenemente presente – mas sim para afastar todos os obstáculos à percepção do nosso Ser.

Para Sri Ramana esses obstáculos não são reais ou substanciais, mas sim imaginários, produtos da mente. São meros conceitos, pensamentos. Explicava que todos esses pensamentos provêm de um pensamento raiz, do qual dependem, sendo que tal pensamento central é o ego, ou o que o Maharshi chamava de “pensamento-eu” (aham-vritti). Eliminando-se o ego (ahamkara), toda matriz da ilusão colapsa; o sofrimento e a limitação são banidos da vida irrevogavelmente. Dessa forma, a prática que ele aconselhava era a autoinquirição, a prática de investigar a natureza e a origem desse pensamento-eu, o que é feito direcionando-se toda a nossa atenção para o sentimento interior “eu sou”, o sentimento não-dual de apenas ser. A ferramenta por ele criada foi a de utilizar a pergunta “quem sou eu?” ou “de onde eu venho?” para trazer a mente de volta à inquirição toda vez que ela se desviasse rumo aos pensamentos ou percepções sensoriais. Com isso, o ego, que sobrevive apenas na dualidade, fica impedido de se conectar com qualquer outro pensamento ou conceito – tais como “eu sou isso”, “eu sou aquilo”, “eu sou assim, e não daquele jeito”, “eu faço isso”, “eu sei aquilo”, etc. – o que o força a retornar para a sua origem, o Eu Real, que é pura Consciência não-dual. Como alternativa a este caminho, Bhagavan ensinava que a entrega completa a Deus, ao Guru, ou ao Eu Real, também tem o mesmo efeito de extinguir o ego. Todas as outras formas de prática espiritual (sadhana), dizia ele, são indiretas, servindo apenas para o amadurecimento do discípulo e purificação da mente, sendo que ao final o buscador deverá cruzar por uma dessas duas portas (auto-inquirição ou a entrega).

À parte disso, o Maharshi enfatizava a importância de estar na presença de um ser realizado, um Guru ou Jnani, uma vez que a energia e presença de um ser assim têm um grande poder de purificar e silenciar a mente daqueles que estão à sua volta e em sintonia com ele. Porém, também ensinava que para todos está disponível a presença do verdadeiro Guru, o Eu Real, que está brilhando no coração de qualquer um, e pode guiar o caminho daqueles que voltam sua face em busca dele.

Bhagavan sempre enfatizava a necessidade de transcender o ego aqui e agora, e por esse motivo raramente adentrava em discussões metafísicas – tais como reencarnação, outros planos de existência, chakras, criação do universo, etc. – e desencorajava interesses espirituais que não estivessem diretamente ligados à experiência do Eu Real. Entretanto, é possível encontrar algumas discussões a respeito, sendo que mesmo nelas a sua forma direta e intensa de direcionar o buscador à percepção da verdade está sempre presente.

Nunca ninguém foi aconselhado pelo mestre a deixar seu trabalho, família ou vida em sociedade e tornar-se um monge ou renunciante. Sri Ramana sustentava que todos os seres humanos têm um destino a cumprir e que, independentemente do estilo de vida que caiba a cada um, todos podem sempre, onde quer que estejam e quaisquer que sejam suas atribuições, voltar-se para dentro em busca da Paz do Self.

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Seu dever é SER, e não ser isso ou ser aquilo. “Eu sou o que eu sou” resume toda a verdade. O método é “fique em silêncio”. O que significa o silêncio? Significa destrua-se, pois qualquer forma é causa de problemas.

Não há mistério maior que este: que sendo a Realidade nós buscamos alcançar a Realidade. Nós pensamos que existe algo ocultando a Verdade e que isso deve ser destruído a fim de que possamos atingir a Verdade. É ridículo. Chegará o dia em que você vai rir de todos os seus esforços pretéritos. Aquilo que será no dia em que você rir também é aqui e agora.

A liberação, que é bem-aventurança, é natural a todos

A ignorância é uma ilusão da mente, uma falsa sensação.

Apenas o ego é prisão, e a sua própria natureza,

livre do contágio do ego, é liberação.

Não há engano maior do que acreditar que a liberação,

Que está sempre presente como a sua verdadeira natureza,

será alcançada em um tempo futuro.

Até mesmo o desejo pela liberação é fruto da ilusão.

Portanto, permaneça em silêncio.

Se você permanecer como mera consciência, “eu sou”, a ignorância não existirá. Portanto, a ignorância é falsa; apenas a Consciência é real.

Para a aquietação da mente não há nenhum outro meio mais eficaz do que a autoinquirição. Através dos outros métodos a mente apenas parecerá ter se aquietado, mas não será extinta; ela surgirá novamente.

Este é o método direto. Todos os outros métodos só podem ser praticados retendo-se o ego, e neles surgem muitas dúvidas, enquanto que a pergunta última é apenas atacada no final. Mas neste método, a pergunta última é a única pergunta e ela é levantada desde o começo.

A autoinquirição o leva diretamente à Auto-Realização, pois remove os obstáculos que fazem você acreditar que o Eu Real ainda não foi alcançado.

A diferença entre a meditação e a autoinquirição é que a meditação requer um objeto sobre o qual se foca a atenção, enquanto que na autoinquirição há apenas o sujeito e nenhum objeto.

Pedir que a mente destrua a mente é como fazer do ladrão o policial: ele irá com você e vai parecer que ele prendeu o ladrão, mas nada será feito. Então o que você precisa fazer é olhar para dentro e ver de onde a mente surge. Uma vez que você vir a Fonte da mente, ela desaparecerá.

O primeiro pensamento a surgir na mente é o pensamento-eu. Todos os outros inumeráveis pensamentos surgem apenas depois do pensamento-eu e têm nele sua origem. Em outras palavras, apenas depois do pronome de primeira pessoa, “eu”, surgir, é que os pronomes de segunda e terceira pessoa, “tu” e “ele”, ocorrem para a mente; estes não subsistem sem aquele.

Como todos os outros pensamentos só podem surgir depois do aparecimento do pensamento-eu, e como a mente nada mais é do que um conglomerado de pensamentos, é apenas [voltando a atenção ao pensamento-eu] através da inquirição “Quem sou eu?”  que a mente será extinta. Além disso, o pensamento-eu – implícito na investigação “Quem sou eu?” – destruirá todos os outros pensamentos e, como a vareta usada para avivar a fogueira, no final ele mesmo será consumido.

Você não precisa eliminar nenhum falso “eu”. Como pode o “eu” eliminar a si mesmo? Tudo o que você precisa fazer é encontrar a Fonte do “eu”, e permanecer lá. O seu esforço só pode levá-lo até este ponto. A partir daí o Transcendental vai tomar conta de si mesmo. Você não pode fazer mais nada então. Nenhum esforço pode chegar até Ele.

O pensamento-“eu” é como um fantasma que, apesar de ser impalpável, surge simultaneamente com o corpo, vive e desaparece junto com ele. A consciência “eu sou o corpo/este é meu corpo” é o falso eu. Abandone-a. Você pode fazer isso buscando a fonte do sentimento “eu”. O corpo não diz “eu sou”. É você que diz “eu sou o corpo”. Descubra o que é este “eu”; busque sua fonte e ele desaparecerá.

Fonte:

advaita.com.br

Você é Deus


Quando eu sei que você é Deus, eu não preciso me preocupar com você, rezar por você, quando eu sei que você é Deus eu não preciso mais sofrer porque você sente dor, quando eu sei que você é Deus eu não preciso mais temer porque você corre algum perigo, você não corre nenhum perigo, quando eu sei que você é Deus eu não preciso mais querer te livrar da opressão, quando eu sei que você é Deus eu não preciso mais iluminar a sua ignorancia, quando eu sei que você é Deus eu sei que você é aquilo que você quer ser, sempre, mesmo que seja um infeliz buscador ou um satisfeito auto-realizado, quando eu sei que você é Deus, eu fico tranquilo porque eu sei que você quer brincar de se iludir, de ser outra coisa, uma pessoa, um animal, uma planta, uma pedra, quando eu sei que você é Deus eu sei que você é só consciência, intocável, imutável, inatingível, inefável, atemporal, e nada mais, quando eu sei que você é Deus eu sei que tudo é uma brincadeira, sem nenhum propósito ou consequência real, a não ser brincar, consigo mesmo, quando eu sei que você é Deus eu sei que não existe eu e você, só Deus, tanto faz, há apenas um, você e eu somos o mesmo, você e eu não existem, existe apenas Deus, e isso não muda, não existe dois, bom e ruim, certo e errado, bem e mal, melhor ou pior, tristeza ou alegria, vida ou morte, começo ou fim, paz e guerra, som e silencio, movimento e inércia, acordado ou iludido, sofrimento e liberação, nada disso existe, tudo isso é você, só você existe, e você é Deus, brincando.
Quando eu sei que tudo é Deus, não há mais julgamento, não há mais culpados e vitimas, há apenas diversão, em todas as cenas, mesmo nas mais tristes, há só felicidade, mesmo nas mais injustas, há plenitude e justiça, mesmo quando alguém parece fazer algo horrível, só há beleza, não importa se faz chuva ou sol, só há sorrir, mesmo quando estou chorando, por dentro estou sorrindo, mesmo quando eu sustento a sua ilusão de perda, lamento pela sua dor, por dentro estou rindo da sua ilusão, porque sei que você é Deus que nunca perde nem ganha nada, não existem pessoas, morrendo nem nascendo, pare por um instante e se de conta de quem você é, mas se não quiser, fique a vontade, pra continuar na ilusão de que você não é Deus, mesmo assim você é Deus, não importa o que você acredita ser, o que você acredite estar vivendo, experimentando, não importa se você acredita, estar passando por momentos bons ou por momentos ruins, nada disso existe de fato, mas é assim que você quer que seja essa brincadeira, de esquecer quem você é, que é Deus, eterno e imutável, neste instante, e viver a ilusão de ser outra coisa, mutável e temporária, mas, resumindo, está tudo bem, por que tudo é Deus, você é Deus.

Thursday, January 23, 2014

Zé ninguém


Quando você realmente estiver contente em não ser, em não ser alguém, em ser um "zé ninguém", nada importante, nada especial, nada mais nem melhor que os "outros", quando você puder entender o contentamento que surge de reconhecer essa simples verdade, que naquilo que é você, acontece a mente, que faz você acreditar que você é uma pessoa, e que essa pessoa precisa ser alguém, extraordinário, incomum, único, roubando toda sua atenção pra essa ilusão, então você realmente pode ser a liberdade, aquilo que você realmente é, onde nenhuma pessoa existe, e tudo que existe é apenas amor, mas não essa palavra esse conceito amor, algo que está além de qualquer conceito, mas que podemos chamar assim por ser uma total ausência de julgamento, você nunca mais acredita nas mentiras da mente, por que a mente também não existe mais, nada pra ensinar, nada pra aprender, nada pra mudar, nem mesmo deixar tudo ser como é, é mais uma tarefa, é algo que acontece naturalmente, como a chuva, o clarear do dia, o ar entrando nos pulmões, as células se reproduzindo, o verdadeiro sábio é um "zé ninguém", ele não desempenha nenhum papel importante em nada, nem o pretende, qualquer posição que você acredite estar ocupando ou alcançando que supere os outros ou a si mesmo, seja ela intelectual , física, espiritual, o escambau, é a causa da sua miséria, é a sua ilusão de separação, de infelicidade, de meta, de objetivo, de um desafio ou de um desafeto, a ser vencido, de um status a ser mantido, de um titulo a ser conquistado, e nada disso existe, mas essa mente te convence de que isso é real e importante, de que você é alguém, que tem amigos e inimigos, e que você precisa vencer os inimigos e ser importante para seus amigos, eles precisam ver o quanto você é especial, interessante, inteligente, belo, magnifico, relevante, compassivo, instruído, e o fato, engraçado digamos assim, é que você não existe, esse você em uma busca por ser alguém, separado do todo, que é impessoal e sem oposto, sem amigos ou inimigos, sem ninguém pra admira-lo, para inveja-lo, nada além do todo,
inerte, imóvel, eterno, nada além dele mesmo, esse você distinto do todo ou no todo, não existe, repito, não existe, não importa o quanto você esteja convencido disso, isso não existe, não existe nem uma, nem duas, nem três pessoas, não existem pessoas, não existe pessoa alguma em lugar nenhum, você não é uma pessoa, se relacionando com outras pessoas, só existe você, uma presença absolutamente singular e impessoal, onde nada muda, as coisas que parecem mudar são feitas disso que não muda, dessa presença singular que realmente é você, sem objetivo nenhum, nunca é melhor nem pior, isso é despertar, isso é iluminação é a morte desse eu, diferente, que se distingue dos outros, que é diferente, distinto, desse eu que escreve esse texto, que é diferente, distinto do texto, do computador, da parede, da sala, do cachorro, do ventilador, do verme, do rato, do mosquito, do espaço, das estrelas, das galáxias, do escarro de um mendigo sujo, todo mijado e fedido, que não liga pra suas fezes secas, entre as suas nádegas, que ele não limpa depois de excretar, tornando seu fedor mais intenso, você não é melhor que os piolhos que moram nesse mendigo, você não é e nunca vai ser melhor que os dentes podres que ele tem na boca, prestes a cair, não importa quantos banhos você tome por dia, quantas horas medita, quantas horas ora ou repete mantras, quantos livros leia, filmes assista, discos escute, instrumentos toque, quantas horas você passou na faculdade, quantos títulos tenha conquistado, não importa o quanto você acredite que mereça ser melhor que qualquer coisa, você não é  e nunca será, desista, quando você desiste de seguir os preceitos da mente, ou seja, de toda essa cultura de separação, distinção, discriminação, então você descobre algo impressionante, você é tudo, tudo que você tem nojo e tudo que você adora, já, nesse instante, tudo para e há paz, paz real, não a suposta paz que você sente quando fuma um baseado, ou toma um chazinho da Amazônia, joga uma pelada ou "medita" em grupo, e isso é a verdade, a verdadeira felicidade, que você jamais vai encontrar, tentando ser alguém melhor, subir mais alto, é engraçado por que a mente sempre vai projetar um outro alguém ainda mais no alto que você, pra que você continue prisioneiro de uma ilusão, a de que você precisa sempre estar a superar algo, ilusão que você mesmo criou e aprendeu a ver como realidade, quando esse alguém, que nunca existiu, finalmente desaparece, então você compreende quem você é, e só então você pode ser aquilo que você é, de fato, um zé ninguém, para então realmente conhecer e compreender o que é felicidade, amor, liberdade, sem nenhum esforço, sem nenhum mestre.
Mas não se sinta culpado, não mude nada na sua vida, do lado de fora, nada está errado, o ego, essa ilusão de individualidade, está aí pra ser parte dessa brincadeira, mas se ele não te deixa em paz, não tem te deixado experimentar a verdadeira satisfação, de não ter que ser melhor que nada e que ninguém, nem que você mesmo, de não ter que se comparar a nada, leia esse texto de novo e de novo, o obstáculo não é o individuo compreender ou não compreender, o obstáculo é o indivíduo.

Monday, January 20, 2014

Jesus

Jesus era só um homem, assim como você, assim como eu, tudo que ele percebeu pode ser percebido por você, é essa percepção direta, de quem ele realmente era, é, que o livrou dessa identificação equivocada de ser apenas um homem, de ser apenas humano, de ser apenas mortal para ser eterno, para ser um com a existência ilimitada, sem fim, a quem ele chamou de pai, basta que você se de conta de quem é você, a própria eternidade consciente, a fonte infinita de todas as existências finitas, não separada delas, sendo una com elas, é o que constitui você, é aquilo que constituiu Jesus, é o que constitui tudo, neste instante, fora do tempo, do passado, do futuro e do presente, a mesma presença singular e sem oposto, onde todos os opostos possíveis estão acomodados em paz, é todas as pessoas, é todas as coisas, de todos os tempos, você é essa presença absoluta e não uma de suas manifestações, assim como esse corpo que você acredita ser ou então as memórias que você acredita que são suas, assim como Jesus, são manifestações temporárias, disso que está além do tempo, se vermos isso do que tudo é feito, não dermos nomes como Jesus, eu ou você, então podemos ver com clareza, sem a mente julgando, separando isso disso, distinguindo, sem o aparato sensorial como um guia incorruptível, isso que nunca nasceu e nunca vai morrer, onipresença, isso é Deus, isso é você, eu, Jesus e todas as coisas, sem as separações entre elas, o espaço consciente e os objetos nele, são um só, neste instante, agora.
Qualquer pessoa que analise as palavras e a história de Jesus Cristo, sem ter conhecimento de quem realmente és ela própria, sem ter o conhecimento de Deus e da verdade, vai analisar tudo da ótica humana, dual, mas é com o olhar puro e inocente, esquecendo tudo que achamos que sabemos, que devemos olhar para compreender, o olho da fé.
Temos o costume de adotar a estratégia "ver para crer", neste caso de conhecer a verdade deve ser o contrario, "crer para ver", muitos de nós humanos, conhecemos a verdade, que não é a minha verdade nem a sua, é a verdade de sua real natureza, do que somos, o conhecedor é a própria verdade, tenha fé nestas palavras, assim como nas de Jesus, Buda, Ramana Maharshi e de todos que foram submergidos na realidade ultima, mas até que você constate quem você é, que não é uma escolha, é o que você é que não pode ser mudado de forma alguma, antes de se iludir com uma imagem falsa de si mesmo, que você acredita que escolhe, que muda, depois disso a fé é dispensada, se torna uma convicção radiante da verdade, você não precisa acreditar em nada nem pensar ou fazer coisa alguma para ser o que você é, para ser a própria vida eterna, para ser um com Deus, leia as palavras de Jesus, humano e divino, tome-as como suas, elas de fato já são.

“Eu e o Pai somos um.” (João 10: 30). 

“Vou para o Pai, porque o Pai é maior do que eu.” (João 14: 28)


O tempo está cumprido, e o Reino de Deus está próximo...” (Marcos, 1:14 e 15)



Abraão, vosso pai, exultou por ver o meu dia, e viu-o, e alegrou-se.
Disseram-lhe, pois, os judeus: Ainda não tens cinquenta anos, e viste Abraão?
Disse-lhes Jesus: Em verdade, em verdade vos digo que antes que Abraão existisse, eu sou.(João 8:56-58)

"Quem fala de si mesmo busca a sua própria glória, mas o que busca a glória daquele que o enviou, esse é verdadeiro, e não há nele injustiça" (João, 7:18).

Eu não posso de mim mesmo fazer coisa alguma...” (João, 5:30).

"Se vós me conhecêsseis a mim, também conheceríeis a meu Pai; e já desde agora o conhecereis e o tendes visto.

Disse-lhe Filipe: Senhor, mostra-nos o Pai, o que nos basta. 
Disse-lhe Jesus: Estou há tanto tempo convosco, e não me tendes conhecido, Filipe? Quem me vê a mim vê o Pai: e como dizes tu: Mostra-nos o Pai? Não crês tu que eu estou no Pai e o Pai está em mim? As palavras que eu vos digo, não as digo de mim mesmo, mas o Pai, que está em mim, é quem faz as obras.” (João 1: 7-10)


"Disseram-lhe, pois: Onde está teu Pai? Jesus respondeu: Não me conheceis a mim, nem a meu Pai; se vós me conhecêsseis a mim, também conheceríeis a meu Pai."(João 8:19)

"És tu maior do que o nosso pai Abraão, que morreu? E também os profetas morreram. Quem te fazes tu ser?
Jesus respondeu: Se eu me glorifico a mim mesmo, a minha glória não é nada; quem me glorifica é meu Pai, o qual dizeis que é vosso Deus."(João 8:53-54)


"Agora, glorifica-me tu, ó Pai, junto de ti mesmo, com aquela glória que tinha contigo antes que o mundo existisse" (João, 17:5).


“Porque, se não crerdes que Eu Sou, morrereis nos vossos pecados” (João 8:24)

"EU SOU o Pão da vida." (João 6:35, 1, 48, 51)


"EU SOU a Luz do mundo." (João 8:12)


"EU SOU a porta das ovelhas." (João 10:7,9)


"EU SOU o Bom Pastor." (João 10:11, 14) 


"EU SOU a Ressurreição e a Vida." (João 11:25)


"EU SOU o Caminho, a Verdade e a Vida." (João 14:6) 


"EU SOU a videira verdadeira." (João 15: 1,5)
O sermão da montanha fala claramente de quem está apto a falar sobre a verdade, apenas aqueles que a conhecem, apenas aqueles a quem foi removida a viga dos olhos, todo julgamento, toda separação, toda iniquidade, apenas esses podem mostrar aos outros, os ciscos que atrapalham sua visão da verdade, apenas aqueles em que o Cristo, desperta e reside em seu interior, como a própria vida eterna consciente, está apto a ser um canal em fluxo direto da palavra de Deus, não como um grande conhecedor de obras literárias e percepções diretas de terceiros, todo o ser que foi liberado, que se constatou consciência, de ser um com Deus, se torna um instrumento da verdade absoluta, vive em verdade o exercício e a expressão da vontade única de Deus, amor incondicional a tudo como a si mesmo, estes não movem legiões de fiéis nem tampouco números expressivos de seguidores, atuam como o amor, a compaixão, a liberdade e a paz, entregam-se, onde Deus os coloca, em cenários comuns, simples do dia-a-dia, são em maioria dos casos totalmente desconhecidos, pois estão cientes que a obra de Deus é perfeita, não pela palavra de outros, mas por sua própria fusão no reino dos céus, não se incubem da tarefa de melhorar nada, levam consigo um sorriso incomum, e sem nenhuma razão aparente, são felicidade.

Disseram-lhe, pois, os fariseus: Tu testificas de ti mesmo; o teu testemunho não é verdadeiro.
Respondeu Jesus, e disse-lhes: Ainda que eu testifico de mim mesmo, o meu testemunho é verdadeiro, porque sei de onde vim, e para onde vou; mas vós não sabeis de onde venho, nem para onde vou.(João 8:13-14)


"Deus está dentro de você e ao seu redor, e não em castelos de pedra ou em mansões de madeira. Levante uma pedra e encontrará Deus.Quebre um pedaço de madeira e Ele estará ali. Quem souber o significado dessas palavras jamais conhecerá a morte." 

"Mas Jesus permaneceu em silêncio e nada respondeu. Outra vez o sumo sacerdote lhe perguntou: "Você é o Cristo, o Filho do Deus Bendito?" (Marcos 14:61)

"Se você é o Cristo, diga-nos", disseram eles. Jesus respondeu: "Se eu vos disser, não crereis em mim."(Lucas 22:67)

"Por isso vos digo: Não andeis cuidadosos quanto à vossa vida, pelo que haveis de comer ou pelo que haveis de beber; nem quanto ao vosso corpo, pelo que haveis de vestir. Não é a vida mais do que o mantimento, e o corpo mais do que o vestuário?"(Mateus 6:25)

"Filho, tem bom ânimo, perdoados te são os teus pecados."(Mateus 9:2)

"Pois eu vos digo que está aqui quem é maior do que o templo."(Mateus 12:6)   

"Não te hei dito que, se creres, verás a glória de Deus?"(João 11:40)

As pessoas adoram a imagem de Jesus, adornam seus lares com estátuas e gravuras de Jesus, mas nenhuma delas conhece a verdade de que Jesus falava, se contentam em ter uma crença mas não a testificam, não buscam confirmar suas crenças, são enganadas pela igreja, e por todo tipo de ladrão mentiroso que aparece usando a Bíblia como evidencia irrefutável, se você não conhecer a verdade por si mesmo, através do que cristo ensinou, pregou e pelo que ele morreu, jamais conhecerás o reino dos céus, a plenitude de Deus que habita em ti, que te constitui, aqui e agora.

E se alguém ouvir as minhas palavras, e não crer, eu não o julgo; porque eu vim, não para julgar o mundo, mas para salvar o mundo. ( João 12:47)